A síndrome do burnout é conhecida como uma doença relacionada ao trabalho. É vista como uma das conseqüências mais marcantes do estresse profissional, caracterizada por exaustão emocional, autoavaliação negativa, depressão e insensibilidade acentuada (BALLONE, 2005).Segundo Ballone (2005) o termo burnout é composto por burn (queima) e out (exterior), sugerindo assim que a pessoa que sofre com este tipo de estresse consome-se física e emocionalmente, desenvolvendo comportamentos agressivos.
Trigo et al. (2007) afirma que o trabalho é uma atividade que pode ocupar grande parte do tempo de cada pessoa e de seu convívio social. Segundo Dejours (1992 apud Trigo, 2007) o trabalho nem sempre proporciona realização profissional, pode ao contrário do que se pensa causar insatisfação e até exaustão.
Os principais sintomas da síndrome de burnout são: esgotamento emocional, sintomas físicos de estresse, irritabilidade, inquietude, dificuldade para concentrar-se, fadiga crônica e baixa autoestima. Em um primeiro momento é importante observar os fatores como falta de vontade de ir ao trabalho e sintomas como dores nas costas, pescoço e coluna sem causas aparentemente específicas. Posteriormente o relacionamento com as outras pessoas como a se deteriorar, surgindo então as doenças psicossomáticas como alergias e crises hipertensivas.
Os profissionais considerados mais vulneráveis a esta síndrome são aqueles muito exigentes e perfeccionistas e que não medem esforços para atingir os melhores resultados, o que faz com que a pessoa acabe não respeitando seus limites deixando que ocorra a interferência do trabalho nas relações sociais e familiares.
Por se tratar de um esgotamento emocionais muito intensos, a síndrome de burnout pode ser confundida com estresse ou depressão. Porém é importante observar que sua característica mais marcante é a dedicação extrema e exagerada ao trabalho. Ballone (2005) coloca que esta doença é diferente do estresse porque envolvem atitudes e condutas negativas com relação aos usuários, clientes, organização e trabalho, enquanto o estresse seria um esgotamento pessoal que interferem na vida da pessoa em geral e não necessariamente em sua relação com o trabalho.
O tratamento para esta síndrome vai desde acompanhamento médico até sessões de psicoterapia individual ou em grupo.
Autora: Denise Marcon – Psicóloga
Referências Bibliográficas