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Blog do Curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos da Faculdade INESUL
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MUDANÇA NOS VALORES DO TRABALHO E A MOTIVAÇÃO Por Maria Inês Felippe A motivação ainda é um grande desafio para as empresas, e cada vez mais deve ser preocupação, pois é o combustível que nos faz funcionar. Por meio da motivação há melhoria nos processos internos, dos produtos, envolvimento e comprometimento.
Quando a empresa realiza uma pesquisa de satisfação, é visível que a produtividade aumenta, quando as pessoas são motivadas de forma particular, através do desenvolvimento de suas capacidades, do reconhecimento dos objetivos, das tarefas e de seu valor, tanto por parte da chefia como pelo grupo que pertence.
Não esquecendo da recompensa através do seu salário, premiações, entre outras coisas etc.
O valor do trabalho passa por diversas transformações e sofre quebra de vários paradigmas. Como a Psicologia é uma área de conhecimento que há muito tempo compreender e explicar o comportamento humano, bem como suas motivações, favorecerá um pano de fundo das teorias motivacionais, pois já estamos tratando de mudança nos valores do trabalho.
Anteriormente era possível de realização pessoal bem como reconhecimento, o trabalho, tem representado nos dias de hoje nada mais do que meio de sobrevivência e de segurança, já que podemos identificar um grande número de pessoas insatisfeitas com o seu trabalho, como também muitas trabalham sem vínculo empregatício.
Pode-se dizer ainda que o envolvimento das pessoas com seu trabalho tem diminuído com o passar do tempo bem como as motivações das pessoas para com ele.
Antigamente, vivíamos num contexto diferente, onde as pessoas dedicavam-se de corpo e alma ao trabalho e estavam dispostos a encarar desafios.Com o passar do tempo, houve uma mudança. Um os aspectos críticos da motivação é a redução ou o excesso na jornada de trabalho levando a uma saturação psicológica do trabalhador como também a instabilidade social, política econômica que o país tem passado, provocando também instabilidade nos negócios e conseqüentemente no trabalho.
O valor do trabalho está perdendo espaço e dando caminho para algumas discussões se o trabalho ainda é uma fonte motivacional desde o trabalho mais repetitivo até o mais criativo.
O trabalho deixou de ser fonte de satisfação e qualidade de vida passando a exercer o papel de meio de sobrevivência e de esperança.
A crise da qual estamos ratando, trata-se de uma crise de valores, passível de julgamento e questionamentos.Tratando-se de um fato novo, ou de uma discussão mais atual, torna-se difícil encontrar índices objetivos do declínio de tal motivação para o trabalho.
Leboyer (1994) diz que isso acontece por duas razões: " primeiro, os indicadores de produtividade, de qualidade e de absenteísmo são determinados por alguns fatores. Segundo, alguns destes indicadores são altamente confidenciais".
Um dos indicadores merecedor de destaque para a desmotivação ao trabalho é a diminuição da jornada de trabalho.
Esta redução da duração total da jornada de trabalho pode ser tanto atribuída a crise das motivações quanto ao desejo dos trabalhadores em passar menos horas na fábrica ou nos escritórios.
As questões referentes às motivações representam há muito tempo grande parte das preocupações de psicólogos, e as motivações para o trabalho tornaram-se objeto de análise como contraponto às representações que Taylor fazia do homem.
Reconhecendo a importância do elemento humano nas organizações, alguns teóricos tentam desenvolver um quadro de referência para auxiliar os administradores a entender o comportamento e leva-los não só a determinar os porquês do comportamento passado como também até certo ponto, a prever modificar e até controlar o comportamento futuro.
O comportamento humano orienta-se basicamente para a consecução de objetivo, ou pelo desejo de alcançar objetivo, mas nem sempre as pessoas tem consciência dos seus objetivos, e nem sempre nossa mente vê conscientemente a razão das nossas ações. Os impulsos que determinam nossos padrões comportamentais, a personalidade é em grande parte subconscientes, onde Sigmund Freud foi um dos primeiros a reconhecer a importância da motivação subconsciente ( HERSEY E BLANCHARD, 1986).
Segundo Hersey e Blanchard ( 1986), a unidade básica do comportamento é a atividade, porque todo comportamento compõe-se de uma série de atividade.Como seres humanos, estamos sempre fazendo alguma coisa: andando,m conversando, comendo, dormindo, trabalhando, etc. Em muitos casos realizamos mais de uma atividade simultaneamente- por exemplo, conversar e dirigir o automóvel.A qualquer momento podemos decidir passar de uma atividade ou conjunto de atividades pra outra. Isso leva algumas questões interessantes.Porque as pessoas se envolvem em certas atividades, e não em outras? Porque mudam de atividades? Para tanto, precisamos saber que motivos ou necessidades das pessoas originam determinada ação em dado momento.
Os serem humanos são diferente uns dos outros não só em termos de capacidade para execução de determinadas tarefas, mas também pela sua vontade de fazer as coisas.
A motivação depende da intensidade dos seus motivos e estes podem ser definidos como necessidade, desejo, ou impulsos oriundos e dirigidos para objetivos, que podem ser consciente ou inconsciente.
Hersey e Blanchard (1986) os objetivos está fora da pessoa e 'às vezes são chamados de "recompensa esperada", para as quais se dirigem os motivos.
Os motivos ou necessidades são razões subjacentes ao comportamento humano e todas as pessoas têm centenas de necessidade e todas estas competem pelo seu comportamento. O que determinará a escolha do motivo que a pessoa tenderá satisfazer. "Será a necessidade mais intensa em determinado momento, e as necessidades satisfeitas podem a intensidade e normalmente deixam de motivar as pessoas a procurar objetivos para satisfaze-las".
Esses fatores dinâmicos, ao entrarem em ação, envolvem a personalidade como um todo, isto é, colocam em atividade a inteligência, as emoções, os instintos, as experiências vividas e os dados já incorporados ao psiquismo.
Basicamente a pessoa não consegue ir em frente se não for movido. O " motivo" é um estímulo que impulsiona para o comportamento especifico, estímulo este podendo ser interno ou externo.
O interno é as necessidades, aptidões, interesses pessoais e os externos são estímulos incentivos que o ambiente oferece.
Motivas significa criar condições para que os funcionários trabalhem mais e melhor em benefício da organização.
Cabe ressaltar: Cada pessoa deve ser motivada de forma diferente, pois cada qual tem necessidades e emoções distintas. O homem é um ser insaciável, uma vez satisfeita uma necessidade, automaticamente surgirá outras, por isso, é importante que a empresa diversifique os benefícios, adequando-os de acordo com as necessidades dos funcionários. Hoje o desafio dos gestores é motivar as pessoas a crescerem, juntamente com a organização. Caso isso não aconteça, o caos estará instalado.
Os fatores motivacionais envolvem sentimentos de crescimento individual de reconhecimento profissional e as necessidades de auto realização.
Não adianta somente oferecer panacéias de benefícios no final do ano, como churrascos, cestas de natal ou outros benefícios. Com esses recursos, o processo motivacional funcionará somente por um curto período.
É preciso pensar no que o funcionário gostaria de ganhar e não o que a empresa gostaria de dar, hoje. Trabalha-se com benefícios flexíveis, ou cotas de benefícios.
A empresa disponibiliza uma relação de benefícios classificados como obrigatórios e outros opcionais e o Funcionário poderá escolher o que mais lhe interessar.
Para que a motivação funcione é preciso que o funcionário esteja, também, disposto se motivar, vontade. De trabalhar, principalmente que goste do que faz. O papel da empresa nesse processo é o de propiciar condições e incentivos.
A formação de líderes e a estimulação da criatividade também são aspectos importantes para as organizações. Assim, é necessário dar liberdade para o funcionário criar novas formas de trabalho, produtos e serviços, proporcionando o comprometimento com a empresa.
O medo de errar e da punição é predominante na maioria dos cenários das organizações. É importante lembrar que o indivíduo criativo é regido pela auto realização, está atento a tudo o que acontece. Além disso, busca desafios, cria o novo, busca soluções criativas para os problemas, tornando-se motivante e auto motivador.
O desafio ao uso da criatividade no trabalho leva à motivação, favorecendo a participação ativa. Quando Se bloquear a inteligência criativa há o desinteresse de participar, opinar e envolver-se mais e mais.
Muitas pessoas me perguntam, Maria Inês você faz palestras motivacionais, digo não, porque palestras motivacionais focalizam o efeito e não a causa da desmotivação. Pergunto para a mesma pessoa: Quais são os comportamentos que as pessoas apresentam que você identifica como desmotivação, pois bem são nesses comportamentos que trabalho, além do comportamento trabalho nas causas que levam a desmotivação. Na sua grande maioria estão nas políticas de recursos humanos ou na cultura da organização. Sem trabalhar estas questões é o mesmo que passar um verniz encima de uma ferrugem, pense nisso. Mas lá vão algumas dicas:
Motivando por metas Estabeleça metas claras e atingíveis. Pouco adianta uma meta inatingível, ou facilmente atingível, no lugar de incentivar gera frustração, elas deverão ser desafiadora;
Divulgue a todos- Estabeleça a regra do jogo para todos , não importa quantas pessoas participam do programa, e possibilite meios de atingir as metas. Estimule a criação de slogans, campanhas, etc.
Propicie condições físicas, tecnológicas, materiais e psicológicas para a conquista;
Envolva-Há metas que abrange somente um departamento, outras vários, ou até a empresa toda;
Propicie um clima interno de incentivo- Por intermédio de quadro de aviso, intranet, lembretes, exemplos: se o primeiro classificado for ganhar uma viajem para uma cidade de praia, poderão colocar fotos da praia, pessoas se divertindo, no quadro, música do lugar, bonés do local, etc;
Distribua prêmios adequadamente- Saiba que existem pessoas que possibilitaram para que outros atinjam a meta, pois há trabalhadores que não são notados: ex. auxiliares, secretárias, etc;
Comemore - Formalize o acontecimento através de um jantar, uma festa, reunião comemorativa, etc, guarde surpresa quanto aos primeiros ganhadores.
BIBLIOGRAFIA:
HERSEY, Paul & Blanchard, Kenneth H. 1986. Psicologia para Administradores.São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária.
LEBOYER, Claude Levy.1994. A crise das motivações. São Paulo, Atlas.
Revista Gestão Plus n. 18 - Ano Janeiro/fevereiro 2001- O desafios da Motivação - Maria Inês Felippe, pág 18 e 19.
Maria Inês Felippe: Palestrante, Psicóloga, Especialista em Adm. de Recursos Humanos e Mestre em Desenvolvimento do Potencial Criativo pela Universidade de Educação de Santiago de Compostela - Espanha.
Ah, os profissionais de recursos humanos inescrutáveis – conhecidos como especialistas em RH, coordenadores de RH, ou apenas as “pessoas lá de cima”. Eles sabem quem tem sido malcriado ou gentil. E os funcionários brasileiros – desesperados para se manterem em seus empregos – sabem que devem ter cuidado. Pedimos a 15 profissionais de RH que nos contassem o que realmente acontece por trás das portas do Brasil corporativo. Se você usar essas dicas para se manter no emprego ou conseguir um, verá que todos esses profissionais acabam se mostrando humanos – e talentosos.
Contratação e Currículo
“Em geral, a carta de apresentação não é lida. As informações importantes estão no currículo” Daniela Ribeiro, gerente da Divisão de Engenharia da Robert Half, multinacional de recrutamento, SP
“Não faça do seu currículo um testamento. Tente mantê-lo com uma página e uma folha de referências. Se não tiver espaço para toda a informação, não reduza o tamanho da letra. Isso só irá fazer com que o empregador perca o interesse em ler.” Site net-empregos.com
“Hoje o computador lê os currículos e classifica todos os dados a partir de palavras-chave. Quanto mais o candidato disponibilizar informações corretas a respeito de si e elas coincidirem com a descrição do emprego, mais chances terá de ser chamado.” Jorge Mattos, presidente da ETALENT
A Entrevista
“Se você é um candidato e o entrevistador gosta de falar muito, entre na conversa, mostre estar em sintonia com ele. Você vai mostrar que é um ótimo ouvinte.” Daniela Ribeiro, gerente da Divisão de Engenharia da Robert Half, multinacional de recrutamento, SP
“Jamais – eu disse jamais – deprecie as empresas ou as pessoas com quem já trabalhou. Manter uma postura ética é vital par ao sucesso. Se o motivo da saída foi delicado ou espinhoso, diga apenas que saiu por possuir idéias distintas. Caso ainda esteja trabalhando, diga que quer crescer profissionalmente.” Thiago Dantas, no site blog.manager.com.br
“Celular tocar numa entrevista é fatal. Não basta colocar no modo silencioso. Tem de estar dês-li-ga-do!” Edson Rodriguez, em Conseguindo resultados através de pessoas
“Quando o entrevistador chegar, levante-se, olhe diretamente nos olhos dele e o cumprimente com um firme aperto de mão. Entrevistadores odeiam apertos de mão ‘moles’ e fracos. Muitos candidatos são excluídos nesse momento.” Roberto Caldeira
“É péssimo chegar a uma entrevista e mostra desconhecimento sobre a empresa. Demonstra descaso. Eu já desconsiderei vários candidatos por conta disso.” Jorge Matos
“Se foi demitido, só conte se for perguntado. Diga apenas que foi uma reformulação. Eu não vou ligar para o RH. E quando me ligam, dificilmente digo que o empregado faltava. É muito difícil chegarem as referências.” Jaqueline Silveira Mascarenhas
“Saiba como pronunciar um nome e não troque o nome do entrevistador. Nosso nome é o que soa melhor aos nossos ouvidos.” Daniella Ribeiro
“Dê respostas curtas. Um minuto cada uma, no máximo. Se o entrevistador quiser saber mais, vai perguntar. Muita gente se perde quando o entrevistador diz: ‘Fale um pouco sobre si mesmo.’ E o candidato começa pelo dia em que mãe engravidou.” Max Gehringer, em Emprego de A a Z
“É preciso conhecer a cultura da empresa. Se ela for formal, vista-se dessa maneira e trate o entrevistador com formalidade. Mas se for informal, tente demonstrar descontração. É sempre bom se preparar, ver o site da empresa, ver se conhece alguém que trabalha lá e descobrir o jeitão de quem vai entrevistar você.” Silvio Celestino, sócio da Alliance Coaching
“Se você não se dava bem com seu chefe, não dê o telefone dele como referência. Em vez disso, dê o telefone de um colega de trabalho. Não faça inimigos ao sair, deixe as portas sempre abertas.” Edson Rodriguez
As perguntas favoritas
O pessoal de RH deixou de lado perguntas como “qual o seu ponto fraco?”. Hoje, preferem indagações com base no comportamento e lhe pedem para descrever como você lida com situações específicas. Eis algumas das perguntas favoritas:
Por que devo contratar você; como você pode contribuir para a empresa?
Onde você se vê daqui a cinco anos caso venha a trabalhar aqui?
Como construiu sua trajetória profissional e que resultados alcançou?
Qual a sua relação com o dinheiro?
Conte uma experiência em que teve de liderar um grupo de pessoas.
De quais atividades de aperfeiçoamento você participou, fora do local de trabalho, ao longo do último ano?
Conte uma negociação (ou tarefa) complexa que tenha feito.
Por que você fez diferença na empresa onde trabalhou?
Você trabalha bem sob pressão?
Tente me vender este copo.
Você poderia me gerenciar?
Histórias Horrorosas
“No meio da entrevista, o celular do candidato tocou. O candidato parou de falar e olhou para o entrevistador. E o entrevistador olhou para ele. E o celular ali, tocando. Bastava desligar o celular. Mas o candidato, como que impelido por uma força sobrenatural e fora de seu controle, atendeu a ligação, e perdeu a vaga.” Max Gehringer, em Emprego de A a Z
“A mãe veio no lugar do entrevistado, trazendo o currículo. ‘Meu filho está gripado. Pode perguntar o que quiser que eu respondo.’ O processo seletivo terminou ali.” Jaqueline Silveira Mascarenhas
“O perfume da candidata era tão forte que nosso entrevistador teve de deixar a porta aberta” Ana Sílvia Sanseverino
“Era uma dinâmica de grupo para uma empresa de telefonia. Na hora de falar, o candidato trocou o nome da empresa pelo da concorrente.” Jorge Matos
“É comum namorados e maridos que acompanham as companheiras para a entrevista, avaliam o lugar de cima a baixo, checam o chefe, o ambiente e possíveis riscos que ela possa correr. Em grande capitais, isso pesa negativamente. Espera-se que haja um mínimo de independência em um profissional.” Roberto Caldeira
Dispensado, demitido
“Se você começa a ser excluído de decisões, trabalhos e reuniões, é porque está sendo ‘fritado’. E o terrível é que, quando o processo de fritura começa, já não há muito a fazer. Você está prestes a ser demitido.” Edson Rodriguez
“Quando uma empresa não está disposta a ouvir o feedback, você só estará comprando briga. Se está disposto, vá em frente. Mas antes decida se quer brigar ou não.” Jorge Matos
Nós desconfiamos de você, você desconfia de nós
“Há pessoas que usam o e-mail para buscar outro emprego ou passar informações. E-mail é ferramenta da empresa, e ela vai acompanhar como ele é usado. Legalmente, a empresa pode adotar esse procedimento.” Jaqueline Silveira Mascarenhas
“Faltas por doença seguem uma média. Aqueles que exageram e reincidem nas faltas acabam levantando suspeitas. Neste caso, a empresa pode solicitar exames em um médico de confiança ou ligar para o médico para verificar se o atestado é verdadeiro.” Roberto Caldeira
Detalhes sujos
“Nas entrevistas para uma empresa em que já trabalhei, notamos que alguns candidatos tinham problemas com a higiene pessoal. Optamos por dar um kit com pente, sabonete, escova de dentes e desodorante. Foi uma forma de dizer as normas da empresa.” Jaqueline Silveira Mascarenhas
“A falta de comunicação assertiva gera desentendimentos. Um funcionário antigo com excesso de trabalho fica zangado porque um funcionário novo não oferece ajuda. O funcionário novo fica aborrecido porque acha que o antigo não confia nele pois, mesmo sobrecarregado, não pede ajuda.” Roberto Caldeira
Bla, bla, bla
“Se a empresa pede ao funcionário para viajar e ele não aceita, isso pode significar o fim do emprego. É melhor ativar sua rede de contatos depois disso.” Roni Chittoni
“Quando os funcionários são convocados para um dia ou um fim de semana de treinamento, à ‘boca miúda’ se escuta: ‘De novo?’, ‘É tudo a mesma coisa’. Os comentários ocorrem porque as empresas não modernizam os treinamentos.” Eugênio S. Queiroz, no site rh.com.br
Fonte: Revista Seleções – Agosto de 2011
Tendemos a comprar mais quando a loja só permite pagar com cartão. E as vendas de um produto crescem com promoções tipo “leve 4 por R$ 2”, sendo que cada unidade custaria mesmo R$ 0,50. Pois é, se fôssemos sempre lógicos, como explicar levantamentos mostrando que a bolsa tende a subir em dias ensolarados e a cair quando o país é eliminado da Copa do Mundo? (Sim, essas pesquisas feitas por professores da Universidade da Califórnia e da Pensilvânia).
Caminhos irracionais de consumo como esses são objeto de estudo da economia comportamental. Em vez analisar taxas e índices financeiros, ela usa experimentos de psicólogos para entender como decidimos. “A economia tradicional afirma que as pessoas fazem escolhas depois de analisar as possibilidades racionalmente. Mas estudos mostram que, em alguns casos, tomamos decisões intuitivamente”, diz o psicólogo Thomas Gilovich, um dos principais nomes da pesquisa na área.
Eis aí o dez caminhos irracionais de consumo:
1. Conto do “leve 4”
Supermercados são diplomados na arte de nos fazer comprar mais do que precisamos. Uma série de estudos realizada de 1998 a 2009 nos EUA mostra que um cartaz de “leve 4 por US$ 2” faz com que o mesmo produto venda 32% do que quando anunciado por “US$ 0,50 cada” – o que dá na mesma. “Associar um número de produtos ao preço funciona com consumidores indecisos”, diz o Ph.D. em marketing Brian Wansink, responsável pelos estudos. O fato de a loja estabelecer um limite de compra (“máximo de 10 unidades por cliente”, por exemplo) também turbina vendas, mesmo sem nenhuma promoção. Quando alguém vai às compras sem ter idéia clara da quantidade, acaba sendo fisgado pela sugestão. Mesmo que não leve 10 produtos, o número, inconscientemente, puxa para cima a avaliação de quantas unidades você precisa. “Usamos pistas ao redor inconscientemente para decidir.” Ruim para o bolso e o meio ambiente – cresce a chance da sua compra estragar sem você ter tocado nela.
2. Se os outros fazem, você também vai querer
O que os outros pensam importa mais do que você imagina. A conformidade, nossa tendência em fazer o que outros estão fazendo, já foi identificada em diversas pesquisas. Sem perceber, mudamos nosso comportamento para nos adequar. Se amigos compraram aparelhos de blu-ray, a tendência é que você também compre, mesmo que no fim só use para assistir a DVDs. Em um experimento de 2007, a cidade de San Marcos, na Califórnia, passou a informar na conta de luz se a pessoa estava consumindo mais ou menos eletricidade que os vizinhos. Quando o consumidor era informado que gastou acima da média, passava a reduzir a despesa. O contrário também aconteceu, e as casas com menor consumo ficaram mais perdulárias que antes. Seguindo a mesma lógica, o estado de Minnesota, EUA, testou, em 1993, mandar uma carta para parte dos contribuintes informando que “93% da população não sonega imposto e entregava a declaração em dia”. O grupo que recebeu o recado passou a cumprir mais com as obrigações do imposto, tentando se adequar à maioria. Anúncios de apartamentos que falam em “90% das unidades vendias” ou de produtos que “mais de 2 milhões já experimentaram” são uma tentativa de se aproveitar desse instinto. Outra são as listas de livros mais vendidos. Estudos mostram que só o fato de um produto estar entre os mais procurados atrai mais consumidores.
3. Ganhar bônus
Lembra quando sua mãe dizia “tudo que é difícil tem mais valor”? por mais estranho que pareça, estudos indicam que dinheiro extra é menos valorizado – e pode prejudicar as finanças. A tendência é gastarmos pequenos bônus, abonos salariais, restituições do imposto de renda e até o 13º salário de uma maneira mais irracional que o salário. Um dos primeiros a mostrar isso foi o professor de economia Michael Landsberger, na Universidade de Haifa, em Israel, que analisou os bônus mensais recebidos por cerca de 300 israelenses como reparação aos danos da Segunda Guerra. No estudo, as pessoas que recebiam um adicional pequeno (menos de 7% do salário), na média, faziam um gasto adicional equivalente ao dobro do bônus. Ou seja, torravam tudo o que recebiam e ainda passavam a se desfazer de outras fontes de renda. “A conclusão é que um dólar de salário aumenta minha riqueza mais do que um dólar de bônus”, diz Landsberger. O que acontece, dizem os psicólogos que se dedicam ao assunto, é que fazemos uma contabilidade mental e rotulamos de “dinheiro fácil” a grana que vem inesperadamente. Por fim, tratamos esse extra com menos cuidado. Na prática, R$ 100 ganhos numa raspadinha não parecem ter o mesmo valor que R$ 100 do nosso salário. Embora, racionalmente, isso não faça nenhum sentido, é bom refazer as contas.
4. Armadilhas de marketing
Uma propaganda não força ninguém a fazer algo que não queira, mas a ciência mostra que nossas decisões de compra são bastante influenciadas pelo marketing. A música ambiente, o perfume da loja, e a disposição dos produtos são pensados para fazer com que consumidores gastem mais. Num levantamento, pesquisadores de Harvard, Yale e Princeton tentaram descobrir que mensagem seria mais eficaz para estimular clientes a tomar empréstimos em um banco. Foram 50 mil cartas, com pequenas diferenças – corte de 5 pontos porcentuais na taxa de juros, chance de concorrer a prêmios. O que deu mais resultado? Colocar, no fim de uma carta para um homem, a foto de uma funcionária bonita. “Há anúncios simples que funcionam imperceptivelmente. Muitos nem sabemos como nos fazem aumentar o interesse”, diz o Ph.D. em psicologia Eldar Sharif, auto do estudo e um dos maiores especialistas do mundo em economia comportamental. Se funciona com empréstimos, imagine com cerveja. Entendeu agora por que quase todas usam gostosonas?
5. Com cartão você gasta mais
Ao contrário do que cantam na propaganda, cosa triste não é usar dinheiro, mas o cartão. Manoj Thomas, Ph.D. em marketing da Universidade de Cornell, nos EUA, mostrou isso numa pesquisa sobre o consumo de mil famílias durante 6 meses. O estudo indica que, ao usar dinheiro de plástico, consumidores tendem a gastar mais. Bem mais. Quando pagaram em espécie, a média para cada compra foi de US$ 38. Com cartão de débito, pulou para US$ 60 e com o de crédito, quase dobrou: US$ 68. Detalhe: os itens comprados a mais quase sempre eram doces, balas e junk food. Outros experimentos confirmam o papel de vilão do cartão. Um deles, conduzido pelo MIT, mostrou que, quando só há a opção de pagar com crédito, tende-se a gastar o dobro do que se desse para usar dinheiro. Os cientistas chamam isso de “contabilidade mental”: inconscientemente, atribuímos uma dor menor ao gasto com cartão, o que nos leva a abrir mais a mão. No fim das contas, bala de troco até que não é tão ruim.
6. Quando R$ 1 não vale R$ 1
Você vai a uma loja comprar um abajur por R$ 100 mas descobre que, na filial a 5 quarteirões, o mesmo abajur está em promoção por R$ 65. Você anda até lá?
Desta vez, você está comprando um conjunto de mesas e cadeiras por R$ 1.775 mas descobre que, a 5 blocos dali, é vendido por R$ 1.740. você anda até lá?
“A maioria responde ‘sim’ na situação 1 e ‘não’ na 2. Acontece que a decisão é a mesma: andar 5 quadras para poupar R$ 35”, diz Gary Belsky, especialista em economia comportamental. O exemplo usado em seus seminários mostra outra tendência da mesma ‘contabilidade mental’ do item anterior. Tratamos a mesma soma de dinheiro como se tivesse valor diferente em compras caras. Por mais que alguém considere um absurdo gastar R$ 1 mil em um aparelho de som para o carro, adicionar esse gasto em um carro novo de R$ 35 mil parece menos doloroso. Outro exemplo é o seguro contra danos para computador na hora da compra. Em que outro momento você pensaria na possibilidade de ir atrás desse seguro?
7. Mude demais e perca dinheiro
O investidor que se informa constantemente sobre ações ou fundos e sempre muda seu portfólio em busca dos que dão mais lucro se sai muito melhor do que aquele paradão, certo? Errado. Em um estudo que virou referência, o professor Ph.D. em contabilidade Ilia Dichev, da Emory University (EUA), mostrou que quem pula de galho em galho acaba levando um belo tombo – e olha que ele foi atrás de dados na bolsa desde 1926. Segundo pesquisas, o grupo que mais muda seus investimentos ganha quase metade da média. E o problema só piorou: “A internet aumentou o número de vendas e reduziu os ganhos. Com pouca informação, as pessoas acham que sabem muito e tendem a fazer mais transações. E piores negócios”, diz o Ph.D. em marketing Frank Yates, da Universidade de Michigan. Para se ter idéia de como isso atrapalha, de 1988 a 2008, os fundos de ações dos EUA tiveram lucro médio de 8,4% ao ano. “Mas os investidores desses fundos ganharam apenas 1,9% por que ficaram entrando e saindo de aplicações da moda”, diz Gary Belsky.
8. Não mude nada e também perca dinheiro
Você já viu no item anterior que em time que está ganhando não se mexe. Mas, quando ele está perdendo de lavada, tem que mudar. O investidor-padrão não faz nenhum dos dois. Após analisar aplicações de 10 mil contas ao longo de 7 anos, pesquisadores da Universidade da Califórnia observaram que as pessoas têm a mania de vender rápido demais quando a aposta está dando lucro e demora muito para se desfazer dela quando está dando prejuízo – na esperança de uma volta por cima. As ações vendidas analisadas, no fim das contas, tiveram um desempenho bem melhor que as mantidas. Ou seja, os investidores bobearam. “Odiamos perder, e usamos uma parte diferente do cérebro quando o mercado vai mal”, sintetiza o especialista em mercado Mebane Faber, um dos primeiros a descobrir o fenômeno. Faber se refere à “aversão à perda”, conceito da economia comportamental que diz que o prejuízo virtual é mais fácil de engolir. “Reconhecemos ganhos rapidamente – faz nos sentirmos espertos. Mas relutamos em reconhecer prejuízos, porque isso traz dor”, diz o americano Meir Statman, autor do livro What Investors Really Want (O que os investidores realmente querem, sem edição em português).
9. Seja menos preguiçoso para mudar
Nem sempre a grama do vizinho é mais verde. Na verdade, temos uma tendência a superestimar um objeto se ele nos pertence e de subestimar se é do outro. Em um estudo, metade dos estudantes da Universidade de Cornell recebeu canecas da faculdade, a outra metade não. Na média, os com-caneca estimavam que ela custava o dobro do valor chutado por quem não recebeu. Anúncios que oferecem um período de testes ou garantia do seu dinheiro de volta nada mais são do que vendedores aproveitando essa tendência, chamada de viés de status quo. Uma vez que você está com o produto, inconscientemente atribui a ele um valor maior, o que torna improvável que vá devolvê-lo. Isso nos leva a comer bola quando recebemos alguns meses grátis de algum serviço. No automático, nossa tendência é não cancelar e nem mudar nada, mesmo que isso signifique perder dinheiro. Se você já entrou num leilão on line, percebeu que costuma se colocar um preço bem abaixo do real. Estimulando mais gente a dar o lance inicial, aumenta a chance de que o lance final seja maior. “Assim, mais pessoas vão sentir que o produto é seu e terão dificuldade de sair da disputa”, diz Thomas Gilovich, um dos maiores especialistas atuais em economia comportamental.
10. Quanto mais opções, menos decisão
Ao se deparar com muitas opções na hora da compra, é comum que o consumidor se canse e deixe pra lá. Ou que pegue o primeiro produto que vê pela frente, para evitar a fadiga. Num dos estudos pioneiros a mostrar isso, psicólogos perguntaram a estudantes de Princeton o que fariam se quisessem um CD player e vissem um aparelho Sony por US$ 99 (uma barganha em 1992, ano da pesquisa). Dois terços disseram que comprariam na hora e 33% que pesquisariam outros modelos. Outro grupo viu dois aparelhos: um Sony e um Aiwa, por US$ 159 (outro bom negócio). Dar opções, em vez de reduzir, aumentou o número de indecisos: 46% decidiram esperar. Quanto mais opções, mais chance de indecisão – e de perder um bom negócio. Os psicólogos chamam isso de paralisia de decisão. “Empresas estão reduzindo o número de marcas, porque gera confusão no consumidor. Ou ele adia ou simplifica demais a escolha”, afirma Fábio Mariano Borges, professor do núcleo de ciências do consumo da ESPM. Deixar de comprar algo que está anunciado por um bom preço ou levar o primeiro que aparece por preguiça pode ser evitado ao se reduzir a quantidade de produtos analisados. Melhor não ficar lendo centenas de resenhas. “Se parar para ver cada um dos detalhes, não vai fazer uma boa decisão”, diz Fischhoff, da Universidade de Carnegie Mellon.
Fonte: Revista Galileu - Edição nº 245 de Dezembro de 2011
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